Como funciona a eficácia de uma vacina?
Você sabe como a eficácia de uma vacina é calculada? Existem fake news sobre a vacina que relata erroneamente que:
- De 100 pessoas que se vacinam, 78 não se contaminam.
- Das 22 que se contaminam todas tiveram sintomas leves, ou seja, zero pessoas teriam doença grave ou internação
No entanto, quando consultada a fonte os dados divulgados na verdade foram:
- 100% eficaz nos casos graves
- 78% eficaz nos casos leves
A interpretação correta é que entre as pessoas que tiveram COVID-19, 22% teve a doença, das quais foram casos leves (ou seja, não foi necessária nenhuma internação).
Em outras palavras, houve:
- Redução de 78% de casos leves e atendimento ambulatorial
- Redução de 100% de casos graves, moderados e internações
Desta forma, se um vacinado desenvolver a doença, seus sintomas serão leves. No entanto, 78-100% não significa eficácia da vacina, pois estes dados são com relação aos vacinados.
Seja o seguinte estudo que utilizou 12500 voluntários, se dividindo em 2 grupos iguais:
- Grupo placebo
- Grupo vacina
Nos dois grupos, é aplicado o Teste Duplo Cego, para que nenhum dos dois grupos saibam se estão vacinados ou não.
E ao longo do estudo, as pessoas dos dois grupos contraem COVID-19. Quando o valor mínimo que é feito a partir de análises estatísticas for atingido, o estudo pode ser encerrado e só assim é possível calcular a eficácia da vacina.
No caso da vacina do Instituto Butãtan, de acordo com o próprio portal, a eficácia é de 50.38% que significa que as pessoas vacinadas tem 50.38% menos chance de pegar COVID-19 que as pessoas não vacinadas.
Arredondando para 50%, isto significa que a cada 10 pessoas vacinadas, 5 pegam COVID-19 e 78% não terão sintomas e as não terá a doença grave.
Para calcular a eficácia é necessário comparar vacinados e não-vacinados, desta forma, quanto maior a eficácia da vacina, menor a quantidade de pessoas que precisam ser vacinadas.
Saiba mais nos vídeo a seguir:
- Eficácia de Vacinas no canal do YouTube Nunca Vi Um Cientista
- Por que você não pode comparar as vacinas contra a COVID19 em inglês no cana do YouTube Vox
Foto: CDC